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Profissional Workaholic - Empenho ou Exagero?

 

Profissional Workaholic - Empenho ou Exagero? por Débora Pappalardo

Não sei você, mas eu cresci ouvindo o velho jargão: O trabalho dignifica o homem.

Isso não deixa de ser uma realidade. Por meio do trabalho nos sentimos úteis, ativos. É ele que nos motiva à busca de conhecimentos. Dá-nos maior visibilidade, poder e status, realização profissional.

Sem sombra de dúvidas, a ambição, o desejo de crescer e prosperar são molas propulsoras em nossas vidas, desde que os busquemos de forma equilibrada; do contrário, tenderemos a comportamentos compulsivos.

Especialmente nas últimas décadas, com a globalização e maior competitividade, acentuou-se a figura do workaholic – pessoa viciada em trabalho – cuja existência é motivada pela alta competição, obsessão pelo dinheiro, vaidade, sobrevivência e, muitas vezes, pela necessidade de provar algo a alguém ou a si mesma.

Esse tipo de pessoa não consegue desligar-se do trabalho, ainda que fora dele. Canaliza cada vez em maior escala sua energia no trabalho, sacrificando o lazer, o convívio familiar e com seus amigos. Faz do trabalho a sua principal razão de viver. Apesar de alimentar a idéia de ser onipotente e onipresente, na verdade é omisso como pai, mãe, amante e companheiro.

É uma pessoa exclusivamente racional, desconsiderando seus próprios sentimentos e tem um contato mínimo com si mesmo e com seus conflitos. Usa do trabalho como escudo protetor, escondendo os conflitos emocionais, que não quer ou não consegue resolver.

Comumente o workaholic sofre de insônia, surtos de mau humor, impotência, atitudes agressivas, chegando, muitas vezes, à depressão. Mas a conseqüência mais nociva é o medo do fracasso, levando-o, incansavelmente, à busca de resultados.

O equilíbrio ainda é o melhor caminho.

O trabalho só tem um sentido, o de propiciar uma vida melhor. Não podemos e não devemos ser escravos dele.

De que adianta você trabalhar, trabalhar e trabalhar, se não é capaz de usufruir os frutos desse trabalho? Se o trabalho nos faz perder de vista nossos desejos, anseios e necessidades, precisamos parar e refletir o sentido de nossas vidas.

Observe as construções. Todo edifício seguro está sustentado por diversas colunas. Certamente, uma única coluna não seria capaz de livrá-lo das intempéries da natureza. Pois é, assim também acontece com nossas vidas. Somos sustentados por diversos pilares: familiar, social, financeiro, profissional, emocional ou espiritual, sexual e saúde. Qualquer desses pilares que estiver desgastado, corroído, poderá nos desequilibrar, causando-nos impactos negativos na saúde física e emocional.

Algumas pessoas tendem a se apoiar e fortalecer um único pilar, em detrimento dos demais, como medida de compensação que, na maioria das vezes, leva à frustração.

Meu caro leitor, não estou dizendo que você deva abster-se das responsabilidades de seu trabalho, tampouco que você não deva buscar seu crescimento profissional, ser comprometido. O que espero que entenda é que tudo poderá ser conquistado com qualidade de vida.

Não sei se você já se deu conta, mas um dia o seu trabalho poderá não mais existir, e quem será você caso a sua vida dependa somente dele? Qual será a sua identidade? Onde estarão seu amigos, familiares, lazer, fé quando precisar deles?

Não perca de vista as coisas importantes de sua vida.

Onde está o seu tesouro, aí estará o seu coração.

Pense nisso.

Débora Pappalardo

Débora Pappalardo é sócia da Inrise Consultoria em Marketing Jurídico, graduada em Administração de Empresas e Pós-Graduada em Gestão Financeira, atuando no recrutamento e seleção de profissionais, bem como, no estudo de reestruturação organizacional de escritórios jurídicos.


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