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Grito de Guerra da Educação

 

Grito de Guerra da Educação por Débora Pappalardo

Vivemos um grande momento histórico em nosso país.

O povo brasileiro, que vivia adormecido, acordou de um sono – talvez um pesadelo – prolongado.

Permanecemos, por décadas, anestesiados e coniventes com situações de corrupção, políticas públicas, políticas econômicas, que em nada atendiam às necessidades e expectativas da população.

Os brasileiros, enfim, reagiram.

Manifestações eclodiram em todo o território nacional.

Os manifestantes, preponderantemente jovens, demonstraram suas indignações, protestando nas ruas, nas principais capitais brasileiras.

À medida que esses protestos avançavam, reuniam mais e mais adeptos, de todas as raças, faixas etárias, classes sociais e profissionais.

A majoração nas tarifas dos transportes públicos foi o estopim dessa grande mobilização nacional.

O Governo recuou. Foi preciso retomar às antigas tarifas.

Mas isso não é tudo.

Não podemos esmorecer por R$ 0,20.

Outras reivindicações foram propostas durante as manifestações: fim da corrupção, derrubada da PEC 37, saúde e educação.

Sem sombra de dúvidas, todas de extrema importância para o efetivo exercício da democracia. 

Mas, queremos tratar aqui de um aspecto que influencia, sobremaneira, o crescimento de nosso país: a educação.

Os jovens são os mais prejudicados com a pífia qualidade do ensino.

Não é para menos que somos o 2º no ranking mundial, dos países com a maior escassez de talentos.

Pesquisas recentes mostram que mais de 60% dos empregadores enfrentam grandes dificuldades na contratação de profissionais.

Infelizmente, o Brasil não qualifica e tampouco prepara os estudantes para o mercado de trabalho. O que acontece é que se oferece uma educação deficitária desde o ensino fundamental, estendendo-se ao ensino médio e superior.

Nas últimas décadas, houve grande decréscimo na qualidade do ensino, com professores mal preparados e mal remunerados, aprovação automática, um crescimento indiscriminado de instituições não qualificadas pelo MEC, entre outros pontos. Estes são alguns dos fatores que provocaram a baixa performance na educação.

E quanto isso influencia no mercado de trabalho?

Muito......

Hoje, em um processo seletivo, frequentemente deparamos com profissionais que – pasmem – nem sequer sabem escrever.

Como esses profissionais poderão competir no mercado de trabalho, que se torna cada vez mais exigente com o ingresso de inúmeras empresas multinacionais?

Se restringirmos nosso comentário ao mercado jurídico, especialmente os escritórios de advocacia, observamos quão desgastantes são os processos seletivos para contratação de advogados.

Esse mercado solicita profissionais intelectualizados e com conhecimento jurídico capaz de propor soluções ou medidas preventivas para as mais complexas ações de seus clientes.

Infelizmente, um número limitadíssimo de instituições de ensino superior, forma e prepara esse contingente de advogados para a exigência do mercado; cabendo ao profissional do Direito, buscar, frequentemente, qualificação e aperfeiçoamento.

Claro que toda regra tem exceções e não queremos aqui generalizar.

É certo que o mercado jurídico possui excelentes profissionais, mas atraí-los requer um grande empenho dos escritórios.

Buscar parceiros estratégicos, aumentando as fontes de captação desses talentos, reduz, significativamente, o tempo e intensifica o resultado.

Nesse sentido, muitos escritórios jurídicos têm terceirizado seus processos seletivos, buscando a contratação de talentos e, consequentemente, melhorando a qualidade de seus serviços e a perpetuação no mercado.

Mas, somente isso não soluciona o problema estrutural da educação no Brasil.

Tudo precisa ser mudado.

As mobilizações já demonstraram sua eficácia.

Tanto que o governo suspendeu o aumento das tarifas de pedágio que ocorreria em breve.

A presidente propôs cinco pactos: responsabilidade fiscal e controle da inflação; reforma política; saúde; educação e transportes.

Para e educação pretende destinar incentivos, advindos dos royalties da exploração do petróleo e do pré-sal.

Portanto, as mobilizações populares estão tirando os governantes da zona de conforto.

Vamos acreditar que podemos fazer algo por nosso país. Que não nos deixemos iludir apenas com as promessas.

Prossigamos confiantes!

Débora Pappalardo

Débora Pappalardo é sócia da Inrise RH – Recrutamento Jurídico, graduada em Administração de Empresas e Pós-Graduada em Gestão Financeira e Gestão de RH e Psicologia Organizacional, atuando no recrutamento e seleção de profissionais, bem como, no estudo de reestruturação organizacional de escritórios jurídicos.


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